O pré-candidato ao governo da Bahia ACM Neto (União Brasil) afirmou nesta quarta-feira (25/5) que não está "nacionalizando" a disputa ao governo baiano e que "não tem a obrigação" de dar palanque a nenhum dos candidatos à Presidência da República. O ex-prefeito de Salvador participou hoje de uma sabatina organizada pelo portal UOL e pelo jornal Folha de S. Paulo.
"Tenho um arco de alianças com diversos partidos. Estarei preparado para governar a Bahia seja qual for o presidente. É o que tenho dito aos baianos", disse ACM Neto. "Estamos com palanque aberto, não estou nacionalizando a campanha, não enxergo candidatos a presidente como meus adversários, tenho que debater a Bahia", acrescentou.
O ex-prefeito alfinetou ainda seus principais adversários, Jerônimo Rodrigues (PT) e João Roma (PT), que colam suas imagens ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao atual presidente Jair Bolsonaro (PL), respectivamente. ACM sofre ataques dos dois lados: o PT o acusa de estar ligado a Bolsonaro, enquanto o PL afirma que o ex-prefeito se aproxima de Lula.
"Ambos estão errados, assumimos uma posição muito clara de focar no futuro da Bahia, é o que importa de fato aos baianos. Alguns pré-candidatos falam mais de seus padrinhos políticos do que de si próprio, meu padrinho é o povo da Bahia", disse Neto.
Ciro deve ser ouvido pela terceira via
O pré-candidato ao governo baiano avalia que a terceira via ainda não é competitiva, e defende que os partidos que buscam se opor aos líderes das pesquisas considerem Ciro Gomes (PDT) em suas conversas. Ciro, no momento, não tem dialogado com o MDB, PSDB e Cidadania, que aprovaram, nesta semana, o nome da senadora Simone Tebet (MDB) como cabeça da chapa única.
"Se uma terceira via no Brasil quer ser viável, quer ter chances, não pode deixar de considerar o peso político de Ciro e deixar de chamá-lo para dialogar", afirmou Neto, que também acenou ao presidenciável. "Eu tenho uma relação histórica com ele, eu sempre disse da minha admiração e carinho. Ciro é uma pessoa que tem elevado o espírito público, já deu importantes contribuições ao país, ajuda no debate eleitoral, movimenta a cena política".
Fonte: Correio Braziliense.
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