Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira vai tirar um período de férias, em janeiro, com regresso previsto para o próximo dia 12. Antes de iniciar esse intervalo, no entanto, cuidou de passar por Pernambuco, estado hegemônico no partido e farol de estratégicas decisões nas hostes socialistas.
No momento, há definições determinantes para 2022 aguardando numa fila para serem tomadas e anunciadas. A postura que o partido adotará em relação à federação integra esse rol e, como a coluna cantara a pedra, já passou a ser motivo de desconforto na relação com o PT.
A outra variável que segue no modo espera tem a ver com o futuro do governador Paulo Câmara, se vai ou não se desincompatibilizar. Para isso, ele conta com prazo até mais elástico, abril. Mas disso também dependem outras articulações que batem à porta.
É preciso bater o martelo em quem será seu candidato à sucessão e ele mesmo, em entrevista à Folha de Pernambuco, na semana passada, informou que, de janeiro, não passa. Com o tempo, ou a falta dele, imprimindo um ritmo mais intenso às referidas costuras, o governador recebeu Carlos Siqueira, ontem, no Palácio das Princesas, onde também reuniu o prefeito do Recife, João Campos, o presidente estadual do PSB, Sileno Guedes, o líder da bancada federal, Danilo Cabral, além dos deputados federais Tadeu Alencar e Milton Coelho.
Detalhe: Tadeu e Danilo têm os nomes ventilados para, eventualmente, encabeçarem a chapa majoritária do partido no Estado. O movimento, como a coluna antecipara, foi deflagrado após o 15º Congresso Estadual da sigla, onde a ausência do ex-prefeito Geraldo Julio, até então candidato natural da legenda, saltou aos olhos dos correligionários.
Ali, uma larga entendeu que um ciclo se fechara. A partir dali, o secretário da Casa Civil, José Neto, voltou a ser cotado com mais ênfase para concorrer a governador, o que gerou reação de uma ala socialista favorável a uma alternativa mais política do que técnica.
Sobre tal movimento, Carlos Siqueira chegou a ser procurado pela bancada há alguns dias já. O dirigente nacional retornou, ontem mesmo, para Brasília. A conversa do grupo no Palácio se deu antes de o governador seguir para a tradicional Missa de Ação de Graças realizada na Matriz de Casa Forte. Considerando que janeiro, como colocou Paulo Câmara, é o deadline, a cúpula do PSB conta com, no máximo, 30 dias para agilizar o processo em Pernambuco. Bem-humorados, alguns socialistas já chamam esse prazo exíguo de "aviso prévio".
Palavra de ordem
Quem acompanha as movimentações diz que a conversa, no Palácio das Princesas, ontem, não foi extensa, mas teria deixado no ar uma palavra de ordem para os próximos passos: unidade. Se a decisão do PSB sobre o candidato a governador contemplar um perfil técnico ou político, em conversas reservadas, socialistas repisam que isso vai se dar sob o signo da unidade.
Funil > Sobre a federação, Paulo Câmara já havia sugerido que "pode ser que não dê tempo" de consolidar. Conforme a coluna apurou, o PT sentiu cheiro de recuo do PSB nos últimos dias. Nas hostes petistas, restam queixas de que o PSB estaria mais interessado em resolver as questões regionais primeiro.
Desenlace > Socialistas não abrem mão de resolver impasses regionais antes. "Uma federação, por exemplo, em São Paulo, vai ter dois candidatos a governador? Quem será, Haddad ou Márcio França?", observa uma fonte, afirmando que, quando sentarem,"esses problemas precisam estar sanados".
Até breve! > Desejando um 2022 de boas notícias e inspirações, agradeço a parceria e companhia por aqui. Terei breve período de recesso, a partir de hoje, retornando na próxima terça para renovarmos os laços. Nos reencontramos na quarta. Até lá!
Fonte :Folha de PE.
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