sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

Carlos Siqueira sobre PE: "A população precisa saber quem é nosso candidato"

Presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira já foi à mesa algumas vezes com o secretário de Desenvolvimento Econômico do governo Paulo Câmara, Geraldo Julio. Na pauta, as chances de o ex-prefeito do Recife concorrer ao Governo do Estado. "Geraldo teve conversa comigo mais de uma vez e sempre disse que não quer ser candidato", relata o dirigente nacional à coluna, realçando, na sequência, que não é por falta de apelo.

"Mas a gente tratou de apelar para que a gente possa ter ele como candidato. Mas parece que ele não será", revela Siqueira. Para uma ala do PSB, a ausência de Geraldo no 15º Congresso Estadual do partido, no último dia 12, marcou o encerramento de um ciclo e fez virar a chave para busca de novas alternativas para cabeça de chapa.

Como consequência, nas coxias da legenda, surgiu um movimento silencioso, como a coluna antecipou, para estimular o nome de um deputado federal da sigla a concorrer ao Palácio das Princesas. Esse tema também foi levado à mesa de Carlos Siqueira. O dirigente foi procurado por parlamentares.

"Eventualmente, conversamos sobre isso. Me interesso pelas construções de todos os Estados e, naturalmente, pelas do meu Estado também", explica Siqueira, admitindo já ter sido consultado. Ele não emite opinião sobre nomes, mas pondera que, nesse momento de ano pré-eleitoral, é natural que essas articulações caminhem para uma conclusão.

"Concordo que temos que decidir o quanto antes. A população precisa saber quem é nosso candidato e saber que ele existe", argumenta ciente das crescentes cobranças internas por uma definição. Essa é uma demanda de muitos em conversas reservadas, mas só quem teve a iniciativa de sustentá-la em público foi o deputado federal Tadeu Alencar ainda no congresso. Após defender esgotamento do processo que envolve as tentativas com Geraldo, ele, à coluna, alertara: "Nós já estamos em dezembro.

Daqui a pouco, aquela máxima de que só se discute eleição no ano de eleição não serve mais". De lá para cá, o sentimento de Tadeu parece vir virando consenso e tanto o governador Paulo Câmara como o prefeito João Campos admitem que, de janeiro, não pode passar. Siqueira vai na mesma linha.

Ninguém se perde...

No Cidadania, há bolsa de apostas em torno de eventual travessia do governador da Paraíba, João Azevêdo, para o PSB, na mesma medida que há nas hostes socialistas. No partido, presidido nacionalmente por Roberto Freire, há tendência, hoje, de um apoio a João Doria na corrida pelo Planalto, o que pode ser motivo suficiente para o gestor paraibano fazer o caminho de volta à sigla presidida nacionalmente por Carlos Siqueira.

...no caminho... > No rol de motivos que João Azevêdo apresentara à coluna para, em último caso, deixar o Cidadania, estavam "a possibilidade de o partido apoiar o atual presidente da República ou se for apoiar forças de extrema direita". 

...da volta > Indagado sobre eventual apoio a João Doria, Azevêdo argumentara o seguinte: "A tendência era ter federação com o PSDB se Eduardo Leite tivesse vencido as prévias. Como não venceu, isso ficou um pouco mais distante". Mas o sentimento no Cidadania é de apoiar o PSDB, mesmo com João Doria.

Recados > O fato de só Danilo Cabral ter passado pelo aniversário surpresa organizado para o secretário da Casa Civil, José Neto, fez a ausência dos demais membros da bancada federal do PSB ganhar relevo. Correligionários anotam que as faltas se deram no momento em que, nos bastidores, uma ala trabalha para lançar um deputado no páreo da corrida pelo Governo do Estado, defendendo perfil político contra perfil técnico de José Neto. 

Fonte :Folha de PE.

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