O cargo ao qual vai concorrer ele não crava, ainda. Mas, de uma coisa, o prefeito de Jaboatão , Anderson Ferreira, tem certeza: vai se desincompatibilizar no próximo dia 1º de abril, conforme exige a legislação. Vai disputar o Senado ou encabeçar uma chapa na corrida pelo Palácio das Princesas?
"A convocação que for feita, eu irei!", devolve ele, à coluna, sinalizando com clareza sua disposição de atender um chamado para a disputa majoritária, faça chuva ou faça sol. "Isso está resolvido", observa Anderson sobre sua intenção de entrar em campo, sublinhando que o cargo em questão na chapa não altera seus planos de deixar a gestão para concorrer.
Na Oposição, conjunto que o prefeito integra, as conversas vêm se dando de forma que as lideranças, cotadas para a disputa majoritária, possam montar uma estratégia comum, incluindo decidir se o campo terá uma ou duas candidaturas ao Governo do Estado.
Tal traçado implica que algum dos três nomes ventilados para cabeça de chapa possam fazer concessão e aceitar, eventualmente, concorrer à Casa Alta em nome do projeto de grupo. Na contagem regressiva para 2022, Anderson tem ouvido questionamentos, cada vez mais frequentes, sobre a posição em que jogará.
Por enquanto, evita cravar e trabalha com tempo para administrar as variáveis disponíveis. Em Pernambuco, ele preside o PL, partido ao qual o presidente Jair Bolsonaro se filiou recentemente, e trabalha com a projeção de ter, ao menos, quatro partidos na composição que estará. Além do PL, essa conta inclui o PSDB, da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra, também cotada para concorrer a governadora, além do Cidadania, que já hipotecou apoio a ela, e do PSC, presidido no Estado pelo deputado federal André Ferreira, vice-líder do governo Bolsonaro.
Na hipótese de uma campanha nacionalizada em Pernambuco, ancorada na polarização Lula X Bolsonaro, há quem aposte, entre os oposicionistas, que, estando no campo antagônico ao da Frente Popular, figurar no palanque do presidente da República seria alternativa de maior peso, uma vez o governador de São Paulo, João Doria, presidenciável com apoio de Raquel, não tem identidade com o Estado nem se destaca nas pesquisas de intenção de votos. Até que se chegue a um denominador comum, Anderson já cravou que estará em campo, independente da posição para a qual for convocado a jogar.
Carimbar João Doria ou...
Com o cenário de polarização se concretizando na corrida presidencial e diante da bolsa de apostas crescente de que issodeve nortear a campanha em Pernambuco, há, nas hostes da Oposição, uma interrogação sendo levantada nas coxias: "É possível ser amante de Lula?".
...Bolsonaro - A referida questão se dá na análise de cálculo de que, se o petista lidera as pesquisas e constrói uma aliança com a Frente Popular, há de se levar em conta qual presidenciável adversário dele poderia agregar mais, na cena local, à Oposição.
Eis a questão! - Raquel Lyra e Anderson Ferreira encabeçam juntos o movimento Levanta Pernambuco. Raquel apoia João Doria. Miguel Coelho, também cotado para concorrer a governador, contabiliza o apoio de mais de 30 prefeitos e tem no seu radar partidos como o DEM e o PSL, que recorreram à fusão, além do Podemos, ao qual Sérgio Moro se filiou. Tem tempo de TV ao seu favor e tem dito que seu grupo segue na base de Bolsonaro.
Fonte :Folha de PE.
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