quarta-feira, 27 de outubro de 2021

Bolsonaro no PL pode levar Anderson e Raquel a apoiarem candidatos distintos

 

Bolsonaro no PL pode levar Anderson e Raquel a apoiarem candidatos distintosO convite feito pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, para filiar o presidente da República, Jair Bolsonaro, ao partido gerou especulações sobre como o movimento poderia afetar o acordo firmado entre os prefeitos de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira (PL), e de Caruaru, Raquel Lyra (PSDB). Os dois possuem um pacto de caminhar juntos no pleito de 2022. A definição ficaria somente sobre quem sairia para o Senado e quem disputaria o Governo do Estado. Contudo, Bolsonaro no PL poderá obrigar os líderes a caminhar juntos no Estado, mas integrarem palanques nacionais distintos. Enquanto o PL poderá marchar com Bolsonaro, o partido de Raquel  deverá ter um nome próprio na corrida para o Planalto, que sairá das prévias do seu partido, previstas para o dia 21 de novembro. A questão, contudo, não é um imbróglio para os líderes oposicionistas. Eles já cogitam a possibilidade de cada um ter seu próprio candidato a presidente da República, sem uma vinculação direta da chapa do Estado a um único projeto presidencial. A postura tanto de Anderson quanto de Raquel é focar o debate sobre 2022 nos temas relacionados ao Estado. A leitura é que a  nacionalização da corrida eleitoral não interessa a oposição, que enxerga na tática um interesse somente dos governistas. Quanto a possibilidade de intervenção nacional, o PL do Estado tem a segurança de ter um diretório definitivo, além da boa relação do grupo dos Ferreira com o Governo Bolsonaro. O deputado federal André Ferreira (PSC), irmão de Anderson, é vice-líder do Governo Federal e uma interlocução com Pernambuco não seria motivo de maiores dificuldades.

PP é a primeira opção
A despeito das conversas com o PL, o presidente Jair Bolsonaro se reuniu com a cúpula do PP na última segunda. Nos bastidores, a avaliação é que a sigla progressista segue sendo a opção de preferência para filiação do chefe do Executivo. A construção em estados do Nordeste, contudo, segue sendo um obstáculo. A prioridade do gestor é eleger deputados e senadores aliados, além de ter palanques fortes para defendê-lo nos estados.

quem sai... > A estratégia de liberar deputados federais com intuito de atravessar para um partido e retornar às legendas de origem, após o pleito, não representa somente um drible no fim das coligações. Ela tende a beneficiar o PSB, que tem a maior bancada, além de aumentar a expectativa sobre qual será a agremiação que vai abrigar a chapa alternativa da Frente Popular. 

...melhor >Isso porque ativos de peso como fundo eleitoral e tempo de guia são calculados pelo número de deputados eleitos, não importando para onde os legisladores vão após as eleições. O benefício para a sigla que libera o parlamentar é somente ter uma bancada maior para barganhar com o governo eleito.

federação > Ontem, a Executiva Nacional do Cidadania defendeu a federação como forma de superar a cláusula de barreira. As conversas internas da sigla já estão a todo vapor. As tratativas com o PV estão avançadas, mas o debate com o PSDB depende do resultado das prévias partidárias. Se Eduardo Leite vencer, existe uma chance real de federação. Já o nome de João Doria enfrenta resistência de alguns dirigentes do Cidadania.

pauta municipalista > O deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos), que é relator da PEC 122/2015, convocou audiência pública, hoje, às 10h, para discutir a proposta que veta a criação de encargos a estados e municípios sem a respectiva fonte de financiamento. 

Fonte :Folha de PE.

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