"Se cada estado quiser criar um regime próprio, o Ministério da Saúde não terá condição de entregar doses de vacinas. Então temos que nos unir aqui para falarmos a mesma língua", disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (25).
Apesar de o Ministério da Saúde ter anunciado a 3ª dose a partir de 15 de setembro, o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), anunciou a atencipação para o dia 6. Se acontecerem esses desvios ao cronograma nacional de imunizações, o ministro disse que o judiciário não poderá resolver sozinho o problema, caso acionado. "O juiz não vai assegurar dose que não existe. O que nós queremos aqui é que nossa campanha siga de maneira equânime, atendendo a todos os estados", afirmou.
Participaram da coletiva o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o vice-presidente do Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde (Conass), Ismael Alexandrino Júnior, e o presidente do Conasems Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS), Wilames Freire Bezerra. Queiroga já havia adiantado que daria início à aplicação de uma terceira dose de vacina contra a covid-19 em pessoas imunossuprimidas, como pessoas transplantadas, por exemplo, e maiores de 70 anos a partir de 15 de setembro.
A data de 15 de setembro leva em conta o fim da vacinação dos brasileiros com 18 anos ou mais. A expectativa é que até a metade de setembro, esse grupo já esteja imunizado. A vacina aplicada será a da Pfizer. Idosos receberão a 3ª dose após seis meses da segunda. Os imunossuprimidos, após 21 dias. “Nós já fizemos o cálculo do reforço e não vai interferir na progressão da D2. A previsão de todos os acima dos 18 anos até final de outubro e o reforço será aplicado nos vulneráveis”, garantiu Queiroga.
O governo também vai reduzir o intervalo entre as duas doses da Pfizer e Astrazeneca de 12 para oito semanas. Apesar disso, o ministro admitiu que problemas de estoque podem interferir na aplicação adiantada. “Temos uma quantidade boa de Pfizer e AstraZeneca, mas, se tivermos algum problema com a Astrazeneca, pode ser 12 semanas”, disse. Até esta terça (24), 55,7 milhões de brasileiros, o equivalente a 26,5% da população, tomaram as duas doses das vacinas contra a covid-19.
Fonte: Emerson Fraga e Luiz Calcagno, do R7, em Brasília.
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