Durante todo o mês de maio, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) veiculou – no Portal do Tribunal e nos perfis da Corte no Instagram, no Facebook, no Twitter, no YouTube e no TikTok – uma série de conteúdos em homenagem aos 25 anos da urna eletrônica genuinamente brasileira. A série contou a história do equipamento por meio dos depoimentos de quem presenciou a implementação do voto eletrônico no Brasil, bem como de servidores, mesários e colaboradores da Justiça Eleitoral.
Assista reportagem sobre a urna no Canal do TSE.
O pontapé inicial para a criação do sistema informatizado de votação foi dado em 1985, com a consolidação do cadastro único e automatizado de eleitores. Em 1996, mais de 32 milhões de brasileiros de 57 cidades com mais de 200 mil eleitores votaram em 77.969 urnas eletrônicas. Nas Eleições Municipais de 2000, a tecnologia chegou a todos os cantos do país, no primeiro pleito totalmente informatizado do país.
Desde então, a Justiça Eleitoral vem ampliando o parque de urnas eletrônicas para atender o crescimento do eleitorado brasileiro. Em mais de duas décadas, a urna passou por constantes evoluções, como a introdução da assinatura digital do software (2002), a criação do Registro Digital do Voto (2003) e a implementação da identificação biométrica (2008).
O mecanismo se consolidou como a forma mais segura para o exercício da democracia. No pleito municipal de 2020, mais de 147 milhões de eleitores estavam aptos a votar em mais de 400 mil urnas eletrônicas instaladas em 5.567 municípios, consolidando o Brasil como o país com a maior eleição informatizada do mundo.
A cada dois anos, uma nova geração de urnas é desenvolvida e posta em uso nas eleições, na medida em que os equipamentos mais antigos do estoque da Justiça Eleitoral são descartados ecologicamente e enviados para reciclagem. Isso garante que as urnas eletrônicas utilizadas pelos eleitores sejam sempre atualizadas com o que há de mais moderno em tecnologia e segurança.
Segurança
A série também destacou como a transparência, a segurança e a auditabilidade das urnas eletrônicas ajudaram a superar os ciclos da vida brasileira em que as fraudes eleitorais se acumulavam desde a República Velha. Além das diversas barreiras protegidas por assinaturas digitais, a cadeia de segurança da urna garante que sejam executados apenas os softwares desenvolvidos e certificados pelo TSE.
O sistema também prevê diversos momentos de auditoria para atestar a confiabilidade, a transparência e a lisura da votação, incluindo auditorias de funcionamento das urnas eletrônicas em condições normais de uso, de verificação da autenticidade e da integridade dos sistemas instalados nos equipamentos.
“O Brasil tem muitos problemas que o processo democrático e a democracia ajudam a enfrentar e resolver, mas um desses problemas não é a urna eletrônica, que até aqui tem sido parte da solução, assegurando um sistema íntegro e que tem permitido a alternância de poder sem que jamais se tenha questionado de maneira documentada e efetiva a manifestação da vontade popular”, ressalta o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso.
Depoimentos
O material veiculado pelo TSE também mostrou como, a cada eleição, milhares de urnas percorrem distâncias enormes para chegar a locais mais afastados do país, como aldeias indígenas, quilombos, assentamentos e comunidades ribeirinhas, seja de avião, helicóptero, barco e até canoa.
E trouxe depoimentos emocionantes como o do ex-corretor de imóveis Hermenegildo Pereira Netto, de 90 anos, que há mais de 40 atua como mesário; o da família Maciel, de Itaquera (SP), onde pai, mãe e três filhos trabalharam como mesários nas Eleições Municipais de 2020; o da líder indígena Vanda Wytoto, que, pela primeira vez, atuou como mesária numa aldeia; e o do ator Gilberto Torres, que, em 1996, estrelou o comercial de lançamento da urna eletrônica no Brasil, entre outros.
Fonte: TSE.
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