Com o início da disputa pré-eleitoral de 2006, três nomes do campo oposicionista começaram a rodar o estado em busca de fortalecer os seus projetos eleitorais: O ex-ministro da saúde Humberto Costa (PT), o deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB) e o deputado federal Eduardo Campos (PSB). Não eram os únicos nomes. Além do vice-governador Mendonça Filho (DEM), também corria por fora em busca de tornar-se o nome jarbista na disputa o deputado federal Inocêncio Oliveira (PL) e o senador Sérgio Guerra (PSDB).
Era o ano de 2005 e todos estavam preparando os partidos para disputar o pleito do ano seguinte. Inocêncio queria ser candidato a governador e foi procurar Jarbas Vasconcelos, então governador na época. Inocêncio era uma grande liderança política e forte no estado. Seu prestígio era quase unânime por onde ele andava. Mas uma coisa o incomodava. Embora tenha sido presidente da câmara dos deputados e tenha assumido por diversas vezes a presidência da república, Inocêncio nunca conseguiu disputar um cargo majoritário: Nem de governador e nem de senador.
Queria isso em 2006. Em uma conversa com Jarbas viu um senhor irredutível: O candidato seria Mendonça. Jarbas iria renunciar ao mandato de governador e Mendonça assumindo o cargo de governador disputaria a reeleição. Inocêncio resolveu então procurar outros ares. Como já havia mudado de partido, pegou aqui no estado o controle do PL que tinha o vice-presidente da república e passou a articular o seu apoio e do seu grupo político a Eduardo Campos.
Inocêncio segundo informações que correram na imprensa chegou a cogitar um nome do PL para a vice. Seria Rosa Barros, ex-prefeita de Arcoverde. Mais tarde a vaga de vice iria para João Lyra Neto do PDT, partido que estava apoiando a candidatura de Armando Monteiro. João abriu um debate na legenda para apoiar o socialista e desistir do apoio a Armando. José Queiroz que presidia o partido à época, disse que era leal a Brizola e que mesmo não estando mais vivo seria um desejo de Brizola que o PDT apoiasse o projeto de Armando Monteiro no estado. Para que João se tornasse vice de Eduardo dependeria unicamente da retirada da candidatura de Armando.
Na candidatura da União Por Pernambuco restou a Jarbas, após a saída de Inocêncio Oliveira, criar um ambiente que tornasse a chapa competitiva. Sérgio Guerra não engoliu o fato de ter que apoiar Mendonça para governador. O senador achava que teria mais capilaridade nacional e força política do que Mendonça. Setores contrários ao seu nome sempre vinham com a mesma: Sérgio devia a Jarbas o seu mandato de senador. Em 2002, lideravam a pesquisa de intenção de votos para o senado Marco Maciel e Carlos Wilson. Jarbas usou de toda sua força política e seu prestígio para fazer os dois senadores: Marco Maciel e Sérgio Guerra.
O desconhecido vice de Mendonça - Sérgio indicou Evandro Alevar para ser o vice de Mendonça. Evandro era um desconhecido na política pernambucana. Na época, até mesmo na imprensa virou uma brincadeira: "Quem é Evandro Avelar? Ganha um brinde quem descobrir quem é na foto de campanha".
Evandro fez parte do governo Jarbas e depois assumiu cargos na gestão de Elias Gomes em Jaboatão de 2009 a 2016. Chegou a ter o seu nome cogitado para suceder o prefeito na disputa de 2016.
Enquanto Eduardo viria a ter um nome como João Lyra na disputa pelo governo do estado e Humberto Costa como o deputado Augusto César, ambos conhecido no agreste e no sertão, o nome de Evandro passou quase a não somar na chapa de Mendonça. Algumas pessoas chegaram a dizer nos bastidores que o nome de Evandro Avelar seria só para "marcar presença" na chapa.
Silvinho Silva, editor do Blog
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Fonte: Blog do
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