A bancada de deputados federais e senadores começa a reconhecer que pela gravidade do coronavírus o caminho será adiar a realização das eleições municipais, prorrogando os atuais mandatos e unificando o processo eleitoral em 2022.
Deputados estimam que o custo com a eleição deste ano poderia chegar a R$ 10 bilhões, dos quais R$ 6 bi seriam apenas com o TSE e tribunais regionais para a realização do evento, mais R$ 2 bi do fundo eleitoral e o restante de custos agregados. O objetivo é com a economia destes recursos destinar dinheiro para que as autoridades possam conter o avanço do coronavírus, ora com o aumento de leitos, ora com a aquisição de respiradores mecânicos para tentar salvar vidas que estão em risco por conta da pandemia.
Caso haja efetivamente a prorrogação dos mandatos, os atuais prefeitos e vereadores ganhariam mais dois anos, quem foi reeleito em 2016 chegará a dez anos de mandato, mas talvez seja a melhor saída para o país vencer a luta contra o coronavírus, levando em consideração que em setembro, quando, em tese, iniciaria a eleição, a doença começaria a se dissipar.
Eleições – Vice-presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, falou sobre a possibilidade de adiar eleições. “É certo que a saúde da população deve estar acima de tudo. Se houver risco real para as pessoas, as alternativas serão consideradas. Mas tudo deve ser feito para que os eleitos possam tomar posse ao fim do mandato dos atuais ocupantes dos cargos”, disse o ministro. Barroso está preocupado com a democracia. “A realização de eleições é um rito vital para a democracia. Só se pode cogitar adiá-las diante da existência de uma dificuldade intransponível”, fala Barroso.
Lava Jato – A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), um ofício pedindo que os recursos recuperados pela Lava Jato em acordo sejam destinados ao combate ao coronavírus. O acordo gerou o montante de R$ 2,6 bilhões.
PEC – De acordo com o deputado federal Silvio Costa Filho (Republicanos), há uma grande possibilidade da PEC que adia as eleições e prorroga os mandatos avançar nos próximos meses no Congresso Nacional.
Henrique Mandetta – O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, defendeu publicamente que houvesse o adiamento das eleições por considerar que não teremos a menor condição de realizar o evento ainda sob os efeitos do coronavírus.
Alepe – Deputados estão preocupados com a realização de uma sessão presencial para votar na próxima terça-feira o decreto de calamidade pública. Eles pedem que a Casa utilize o exemplo da Bahia e do Senado e faça sessões por videoconferência.
Ato falho – O prefeito de Araripina, Raimundo Pimentel, gravou um vídeo nas redes sociais afirmando que havia casos confirmados de coronavírus nas cidades vizinhas Campos Sales e Salitre, no Ceará, e causou desconforto com os prefeitos e a população porque a informação era Fake News.
Inocente quer saber – Quando esse pesadelo do coronavírus irá acabar?
Fonte: Blog Edmar Lyra.
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