terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

PSOL define estratégias para 2020 e convoca Congresso Nacional


Agenda inclui eleições municipais de outubro, análise do cenário nacional e eleições internas que ocorrerão ao longo do primeiro semestre
Agenda inclui eleições municipais de outubro, análise do cenário nacional e eleições internas que ocorrerão ao longo do primeiro semestreFoto: Divulgação
Em reunião da Executiva Nacional, realizada no último domingo (9), o partido Socialismo e Liberdade - PSOL aprovou nova resolução com sua agenda de lutas para 2020 e lançou o chamamento para seu 7º Congresso Nacional, marcado para ocorrer em Brasília nos dias 17,18 e 19 de maio. Entre as ações prioritárias da legenda está a preparação para as eleições municipais, com a formação de chapas competitivas. “Sem deixar de apostar na unidade da oposição, buscaremos impulsionar em 2020 um polo que aponte claramente que a saída para a superação do bolsonarismo é pela esquerda”, afirma o documento.

O partido vê o pleito de outubro como oportunidade singular de começar a virar o jogo. Isso porque uma derrota das candidaturas apoiadas por Bolsonaro seria um importante passo para reequilibrar a correlação de forças política.

A resolução aponta a existência de duas táticas em disputa. Uma, liderada pela centro-esquerda, que busca um entendimento com a centro-direita. Outra, liderada pelo PSOL, que aponta para a rejeição de qualquer aliança estratégica com aqueles que patrocinaram o golpe, sustentaram Temer, foram coniventes na eleição de Bolsonaro e apoiam a agenda econômica de Guedes.

“Compreendemos que, em momentos pontuais, a luta contra Bolsonaro incluirá setores da centro-direita na defesa das liberdades democráticas. Mas não temos qualquer expectativa de que esses possam ser aliados para construir um projeto comum de país. Manteremos a distância de lideranças como Rodigo Maia, FHC e Huck”, reafirma Juliano Medeiros, presidente do PSOL.

Segundo ele, a esquerda precisa explorar as contradições do “Centrão”, que, se por um lado, rejeita as medidas de restrição às liberdades democráticas, por outro apoia as que atacam os direitos sociais previstos na Constituição. “Mesmo com baixa aprovação popular, desemprego, e escândalos de corrupção, Bolsonaro conseguiu fazer avançar boa parte de sua agenda econômica. Isso graças à aliança com Maia”, lembra.

A resolução também coloca na ordem do dia do partido a participação na campanha “Fora Weintraub”; a construção de um plano contra a crise econômica, com foco na reforma tributária; apoio à Greve dos Petroleiros e à Greve Geral da Educação (convocada para dia 18 de março); corganização de manifestações para 14 de março, quando se completam dois anos do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes; engajamento na construção das manifestações do Dia Internacional de Luta das Mulheres; apoio à construção do Acampamento Terra Livre 2020 em Brasília (abril); e a promoção de uma ampla campanha para que o Brasil decrete Emergência Climática, como fizeram recentemente outros países.
Fonte: Blog da Folha de PE.

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