A ex-senadora Marina Silva (PSB), candidata à vice-presidência, iniciou seu discurso, na convenção nacional do Partido Socialista Brasileiro, em Brasília, afirmando que a candidatura do ex-governador Eduardo Campos (PSB) ao Palácio do Planalto representa “a grande mudança que o país quer e precisa”. De acordo com a neossocialista, o DNA da aliança entre a sua Rede Sustentabilidade e o PSB de Eduardo pode ser observado nos pontos programáticos apresentados pelas legendas, entre eles, destaque para o aprofundamento da democracia, que, segundo ela, vai melhorar a qualidade da política brasileira.
Outro tema destacado pela ex-senadora foi a implantação de medidas que possibilitem o país a sair de um modelo de desenvolvimento predatório para um sustentável, algo que deve ser aplicado em todas as dimensões do Poder Executivo. “Um modelo sustentável do ponto de vista social”, resumiu.
“Não somos aqueles que defendem o verde pelo verde, que não se preocupam com as pessoas. Temos que usar um modelo de sustentabilidade na dimensão econômica e cultural”, completou.
Em seguida, Marina Silva falou dos compromissos já firmados por Eduardo Campos para com o setor do meio ambiente, o que, para ela, ficou claro a partir da escolha de Sérgio Xavier (PV) como secretário dessa pasta enquanto esteve a frente do Governo de Pernambuco. Para corroborar sua defesa, ela citou o avô de Eduardo, o ex-governador Miguel Arraes, “que sempre olhou para os mais desassistidos, que vivem sem acesso à água no Sertão do Nordeste”, e comparou o cenário à luta travada ao lado do ambientalista Chico Mendes pelos seringais, no Acre.
“Nosso compromisso era muito maior do que o medo”, disse, referindo-se às ameaças sofridas enquanto esteve ao lado de Mendes.
Aliança – Ao elencar os motivos que lhe fizeram optar, arduamente, pela tese de candidatura própria nos estados em que essa alternativa fosse viável, Marina Silva assegurou que sua aliança com Eduardo Campos segue intacta, minimizando notícias veiculadas pela mídia de que os acordos firmados pelo PSB com siglas como PT e PSDB pudesse ter abalado a parceria.
“Queremos mostrar ao país que a nossa aliança representa não somente a união de partidos, mas a luta social em defesa do meio ambiente, dos trabalhadores, dos jovens. Uma aliança criada a partir de um movimento social”, disse. “O que nos uniu foi a esperança de quebrar o ciclo vicioso de apartação que hoje toma conta do Brasil. O que nos une é a luta por um país mais justo e próspero. Ninguém pode construir algo grandioso com base no medo. O medo não é uma energia boa para acalentar sonhos. O Brasil precisa e vai ter lugar para uma agenda com alternância de poder”.
“Já tivemos um presidente que conseguiu a estabilidade da nossa moeda. Um que buscou a redistribuição da riqueza. E, ao lado de Eduardo Campos, nosso compromisso é com a carta dos brasileiros, pela mudança e renovação na política”, continuou. “Temos um pacto de não agressão, de fazer uma campanha limpa”, pontuou, ao declamar uma poesia, de sua autoria, sobre coragem e luta.
Fonte:Blog de Magno Martins.
Nenhum comentário:
Postar um comentário