O pré-candidato da Frente Popular de Pernambuco ao Governo do Estado, Paulo Câmara (PSB), que já conta com a maior coligação da história em número de partidos, somará mais duas legendas à sua base de apoio: o DEM e o Solidariedade (SDD). No total, o socialista terá o apoio (e o tempo de TV) de 20 siglas, formando uma das mais heterogêneas frentes em termos ideológicos. Adversários históricos como o PCdoB, PSB, PSDB e DEM, entre outros, compartilharão o mesmo palanque. Os presidentes estaduais dos dois novos partidos da coligação, os deputados federais Mendonça Filho e Augusto Coutinho, respectivamente, farão o anúncio oficial da adesão hoje, em uma entrevista coletiva no Mar Hotel, às 14h30.
Do lado do PSB, que até bem pouco tempo coligava com o PT tanto em Pernambuco como no Governo Federal, não se fala em desconforto com a entrada das legendas de orientação mais à direita no grupo político. Para o presidente estadual da sigla socialista, Sileno Guedes, desde quando assumiu o Governo do Estado em 2007, Eduardo Campos vem conseguindo “trazer a paz para a política” de Pernambuco.
“O que está acontecendo é que os partidos e as lideranças estão se reunindo em torno de um projeto que vem dando certo, por tudo que já aconteceu e por tudo que ainda vai acontecer. Então, recebemos esse apoio com muita tranquilidade e cada um continua com a sua posição política”, justificou Guedes.
A complexa frente que sustenta a pré-candidatura de Paulo Câmara entra em contradição com o que vem sendo difundido por Eduardo Campos (PSB), País afora, em seu projeto presidencial. Nacionalmente, o ex-governador de Pernambuco ataca as alianças do governo do PT com partidos que anteriormente combatia, afirmando que a atual gestão se rendeu à “velha política”. Por outro lado, no Estado, a população assistiu a união de Campos com peemedebistas, democratas e tucanos.
Mas a crise ideológica não fica só por conta do PSB e adjacências. O DEM também vem enfrentando resistência interna para aderir ao projeto socialista. Uma das maiores lideranças da legenda na Região Metropolitana, a vereadora Priscila Krause, que é pré-candidata a deputada estadual, não aprovou a decisão e deverá se manter independente na campanha. Na última semana, o único deputado estadual do DEM, Maviael Cavalcanti, anunciou que não tentará a reeleição por discordar de como a política é feita atualmente.
Fonte :Blog da Folha de PE.
Da Folha de Pernambuco
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