Foto: reprodução do Facebook de Armando Monteiro
Por Paulo Veras, repórter do Blog
Candidato ao Governo de Pernambuco numa eleição que tem tudo para ser acirrada, o senador Armando Monteiro Neto (PTB) aposta no apoio de entidades trabalhistas para rebater a imagem de “patrão” vendida pelos adversários. Na avaliação do PTB, ele pode conseguir o apoio de centrais sindicais que, juntas, somam mais de 500 sindicatos e atingem uma base de até quatro milhões de trabalhadores, segundo informações das próprias entidades.
Até o momento, o senador conseguiu o apoio oficial da Força Sindical. O petebista também tem uma tendência majoritária dentre as lideranças da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape) e da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Armando é acusado pelo PSB de ser “patrão” por ter ligação com entidades patronais. Entre 1992 e 2004, presidiu a Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe). De 2002 a 2006, comandou a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Graças ao histórico junto às entidades patronais, o senador encontrou resistências iniciais dentro do movimento sindical. Parte da resistência foi quebrada com ajuda do PT, que aderiu oficialmente ao PTB em março.
A aliança com o PT ajudou Armando a se aproximar da CUT e da Fetape, que possuem muitos petistas na base. Presidente do partido, a deputada estadual Teresa Leitão, uma das fundadoras do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Pernambuco (Sintepe), teria ajudado nos contatos.
Além dela, contribuiu com o PTB o deputado federal João Paulo, que será candidato ao Senado. Em 1988, o ex-prefeito do Recife foi o primeiro presidente da CUT em Pernambuco.
Sozinha, a CUT possui 200 sindicatos, que representam 2,5 milhões de trabalhadores. Avaliação de um dos dirigentes da entidade é que 80% das bases da Central já se decidiram por Armando.
Nos últimos meses, o senador se reuniu com lideranças sindicais para demonstrar disposição ao diálogo. Nos encontros, o petebista prometeu valorizar a negociação com os servidores públicos estaduais, uma das dificuldades que o PSB possui com os setores trabalhistas.
Outro argumento bastante utilizado foi a lembrança ao ex-presidente Lula (PT), que se elegeu em 2002 tendo o empresário mineiro José Alencar, falecido em 2011, como vice. “É uma aliança pró-trabalho”, tem dito Armando.
Segundo maior central do Estado, a Força Sindical acabou na aliança petebistaquando o senador conseguiu fechar o apoio com o PRB, partido pelo qual o presidente da entidade, Aldo Amaral, será candidato a deputado federal.
Pelo menos 90% dos 130 sindicatos da Força devem marchar ao lado de Armando, garantiu Aldo, em conversa com o Blog. “O trabalhador de Pernambuco quer continuar com o crescimento e com o desenvolvimento. E para isso, é fundamental essa parceria com o governo federal”, afirmou, ao justificar que o senador é a melhor opção para os trabalhadores.
O endosso da presidente Dilma Rousseff (PT) ao PTB também pode assegurar o apoio de outras entidades. “Boa parte do avanço no campo foram as políticas do governo federal”, disse o presidente da Fetape, Doriel de Barros.
A entidade vai avaliar a conjuntura eleitoral em um congresso marcado para o início de agosto. A CUT tratará do mesmo assunto em uma plenária que ocorre no início de junho. Já a UGT não tem prazo para fechar a posição eleitoral.
Apesar disso, o senador já demonstra afinidade com os movimentos. Na quinta-feira (1º), Dia do Trabalhador, Armando participou do ato da Força, no Recife, e do da CUT e da Fetape, em Limoeiro. Foi acompanhado por João Paulo.
PAULO CÂMARA – Correndo por fora, o candidato do PSB, Paulo Câmara, garantiu há uma semana o apoio da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST), da Central Geral dos Trabalhadores (CGT) e da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil (CGTB). Juntas, elas representam mais de 100 sindicatos e quase 600 mil trabalhadores.
As três entidades também divulgaram um documento acusando Armando Monteiro de votar contra projetos de lei de interesse do trabalhador no Congresso Nacional. Dos 28 projetos apresentados, Armando teria dado votos de apoio aos trabalhadores em apenas dois casos.
Fonte :Blog de Jamildo .
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