O PSB dará dois passos no Congresso Nacional, hoje, que devem sepultar de vez a possibilidade de reaproximação com o PT, como ainda espera o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um dia depois de o governador Eduardo Campos admitir que o partido pode assinar o requerimento para instalação da CPI da Petrobras, a legenda ingressa com uma representação na Procuradoria Geral da República e defende, em duas comissões do Senado, a convocação do ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, e a presença (como convidada) da presidente da Petrobras, Graça Foster, para ambos prestarem esclarecimentos à Casa sobre denúncias envolvendo o caso Pasadena.
Às 8h e às 10h de hoje, a Comissão de Assuntos Econômicos e a de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor, Fiscalização e Controle votam os requerimentos apresentados pelo líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg, para levar dois nomes do alto escalão de Dilma Rousseff (PT) à Casa. A intenção das propostas é que ambos expliquem, entre outros pontos, a compra de uma refinaria no Texas e um suposto calote do governo venezuelano na construção da Refinaria Abreu e Lima. A petrolífera pernambucana deveria ter sido construída numa parceria entre a Petrobras e a PDVSA, da Venezuela, mas nunca recebeu investimentos daquele país.
Depois das votações nas comissões do Senado, que podem ou não ser favoráveis ao governo, o próprio Rollemberg vai à Procuradoria Geral, acompanhado dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS), Randolfe Rodrigues (PSol-AP), Cristovam Buarque (PDT-DF) e Ana Amélia (PP-RS), para pedir uma investigação sobre denúncias de corrupção envolvendo a Petrobras.
“Não se trata de um rompimento ou não com o PT. Nós estamos na oposição e estamos vendo qual é a melhor forma de proteger a Petrobras. E a melhor maneira de fazer isso é jogando luzes para evitar o mau uso dos nossos recursos e o aparelhamento político”, afirmou Rollemberg ao Diario, por telefone.
Segundo Eduardo Campos, se os esclarecimentos no Congresso não forem suficientes, o partido irá assinar o requerimento da CPI Mista da Petrobras, interpretada pelo PT como “eleitoreira”. “Não queremos eleitoralizar esse debate. O que a gente quer é a verdade. Que tem problema, tem. A empresa era a 12º petroleira do mundo e hoje já está caindo da centésima para baixo e perdeu metade do seu valor”, disse Eduardo.
Fonte :Aline Moura - Diario de Pernambuco
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