Ao defender a aprovação da reforma eleitoral pelo Congresso Nacional, o senador Jorge Viana (PT-AC) mencionou, nesta segunda-feira (21), o amplo apoio popular a tais medidas. Ele citou entrevista do diretor de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Oslain Santana, publicada no jornal O Globo de domingo (20), em que ele afirma que pelo menos metade dos casos de corrupção investigados pelo órgão estão relacionados com campanhas eleitorais. Jorge Viana destacou a opinião de Oslain favorável à reforma no financiamento de campanhas.
- Todos os questionamentos dele estão apresentados em forma de projeto - afirmou o senador.
O parlamentar, ao detalhar os seis projetos de reforma eleitoral que apresentou, lembrou que pesquisas de opinião do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) mostraram que a população condena a corrupção nas campanhas e é favorável à mudança na legislação eleitoral. Ele classificou como descaso com a opinião pública a falta de vontade de levar os projetos adiante.
Jorge Viana ainda manifestou temor de que o orçamento impositivo abra espaço para "institucionalizar a corrupção", criando oportuniade para negociação entre parlamentares e empreiteiras.
Entre os projetos que apresentou, Jorge Viana sublinhou o que criminaliza a prática de caixa 2 em campanhas, o que - observou, com referência ao mensalão - "só é considerado crime quando praticado pelo PT". O senador declarou esperar que também seja investigado o "mensalão original" do PSDB.
- Está sendo condenada a cópia. O original, não - afirmou.
Em aparte, Alvaro Dias (PSDB-PR) contestou Viana por ter, em seu ponto de vista, classificado "taxativamente" o mensalão apenas como caixa 2; para Alvaro, que citou parecer de procuradores da República, o caso consiste em "gigantesco esquema de corrupção".
Por sua vez, Ana Amélia (PP-RS) declarou apoio ao orçamento impositivo, que considera melhor que ter que ir a ministérios pedir verbas, e Cristovam Buarque (PDT-DF) lamentou a rejeição do projeto de Viana que proíbe financiamento de campanhas por pessoas jurídicas.
Educação
Jorge Viana abriu seu discurso destacando a importância do leilão do Campo de Libra para o futuro da nação, opinando que a exploração de petróleo do pré-sal tornará o Brasil um grande produtor de petróleo e reforçará o investimento em educação. Ele sublinhou que há consenso a favor da educação, mas falta a atitude concreta de destinar um percentual desses recursos ao setor.
- Se tivermos sucesso no leilão de Libra, hoje, o Brasil vai dar um passo importante - concluiu.
Fonte:Agência Senado
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