A reta final para a criação de legendas a tempo de disputar as eleições de 2014 transformou-se em um festival de jeitinhos, promessas e denúncias de irregularidades, como a apresentação de assinaturas falsas para obter o número necessário exigido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Duas agremiações — o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o Solidariedade — devem ter os processos analisados na terça-feira que vem. Já a Rede Sustentabilidade aguarda na fila.
O caso mais grave é do Solidariedade, partido que está sendo criado pelo deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força. A legenda enfrenta a acusação de ter falsificado milhares de assinaturas, incluindo a da chefe do cartório de Várzea Paulista (242ª Zona Eleitoral), no interior paulista, identificada apenas como Francy. A denúncia consta em um processo que está no TSE, ao qual o Correio teve acesso, e foi feita pela própria Francy, em troca de e-mails com outros profissionais da área. “Recebemos, na semana passada, três listas de apoiadores desse partido e, para a minha surpresa, uma das fichas era com os meus dados e a minha assinatura falsificada. Fiquei indignada com a falta de caráter que esses representantes de partido têm”, reclamou.
Na mesma troca de correspondências, o chefe de cartório eleitoral de Osasco (SP), Helder Ito de Morais, afirmou que o mesmo aconteceu com ele. “Foi aberto inquérito policial e prestarei as declarações sobre o ocorrido. De fato, isso é um absurdo”, disse. A sequência de queixas se deu após um e-mail enviado pela chefe de cartório de Santa Branca (SP), Luciana Bocardi Alvares, afirmando que a maioria das 400 assinaturas encaminhadas pelo Solidariedade ao cartório não conferiam. Em Suzano (SP), existe uma grande suspeita de que as 2,5 mil assinaturas coletadas pelos integrantes do Solidariedade sejam falsas. Na primeira amostragem feita pelo cartório, com 12 fichas, nenhuma teve a assinatura confirmada pelos possíveis apoiadores.
Fonte :Correio Braziliense.
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