A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), em entrevista à Agência Senado, manifestou sua insatisfação com a falta de profundidade da proposta de minirreforma eleitoral que será apresentada ao Senado nesta semana. Em sua opinião, a matéria deveria garantir uma representação parlamentar com "a cara do povo brasileiro".
- O que o Brasil precisa é de uma oxigenação na política brasileira, e não vamos conseguir com a minirreforma política. Muitas das iniciativas são justas e corretas, mas não resolvem - argumentou.
Para Vanessa Grazziotin, a reforma política deveria ter em pauta a proibição do financiamento de campanhas políticas por pessoas jurídicas, o voto em lista com aumento da participação de mulheres no Parlamento, e o fortalecimento dos partidos. A senadora entende, ainda, que a minirreforma deveria ter sido encaminhada mediante a convocação de plebiscito, mesmo que com validade somente a partir das eleições de 2016.
Para que as regras da minirreforma sejam aplicadas às próximas eleições, a proposta precisa seguir para a Câmara dos Deputados e ser confirmada naquela Casa até 2 de outubro.
"Bobagem"
Ao avaliar negativamente o projeto, o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) criticou com veemência o ponto do texto da reforma - que será apresentado nesta terça-feira (27) aos líderes partidários - que reduz o prazo das campanhas eleitorais. Para ele, a postergação do início da campanha para 5 de agosto é uma medida feita para beneficiar o governo. O senador ainda condenou a pressa na tramitação da minirreforma.
- Querem fazer a coisa correndo para dizer que o governo tem agenda positiva. Só tem bobagem ali. São coisas prejudiciais, são facciosas - lamentou.
Na opinião de Aloysio, é pouco provável que na quinta-feira (29) - dia de sessão temática para debater a reforma política - seja possível votar algum ponto do projeto, que, conforme sublinhou, depende de parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Fonte :Agência Senado
Fonte :Agência Senado
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