A greve dos rodoviários continuará nesta quinta-feira (04). A decisão foi unânime entre os motoristas, cobradores e fiscais. A medida é por tempo indeterminado. "Estamos defendendo nossos direitos e só vamos voltar às atividades normais quando houver acordo", afirmou o presidente da entidade, Patricio Magalhães, após uma assembleia no final da tarde desta quarta-feira (03). O grupo que faz oposição, segundo o presidente, foi convidado, mas não compareceu à reunião. No momento, eles realizavam um ato, no Parque 13 de Maio, em Santo Amaro, para pedir mais condições de trabalho e a destituição de Patricio do cargo.
Na assembleia ficou decido que os coletivos sairão normalmente às 7h, mas uma hora depois vão parar as atividades. "Os motoristas vão parar às 8h onde estiverem", disse o presidente. No final da tarde, às 17h, os coletivos voltam a funcionar.
De acordo com Patricio Magalhães, os diretores da catergoria tiveram uma conversa nesta quarta com o secretário estadual de Articulação Social e Regional, Aluisio Lessa, no Centro de Convenções, e foi entregue um documento com as reivindicações. Dentre elas, o reajuste de 20% para todos os rodoviários, a não punição dos trabalhadores que participaram da paralisação e a anulação das multas imputadas pela Justiça. A partir desta quarta, a greve foi considerada ilegal, após o Tribunal Regional do Trabalho julgar a greve abusiva. A multa é de R$ 100 mil para cada dia de paralisação.
Além desta quarta (R$ 100 mil), o sindicato foi multado porque descumpriu, nos últimos dois dias,a determinação de colocar nas ruas 80% da frota nos horários de pico e 50% nos outros horários. O sindicato informou que não pagará a multa porque a pauta de reivindicações já prevê a anulação das multas.
O presidente do sindicado destacou ainda que aguardará uma posição do governo. "Pedimos ao secretário de Articulação que abra um canal de diálogo entre a classe trabalhadora e patronal. Ficaremos à disposição deles para um acordo", completou. A secretaria informou que fará a intermediação e deverá marcar reuniões em breve. Em nota oficial, também apelou aos líderes sindicais para que respeitem a decisão da Justiça e normalizem o funcionamento do transporte coletivo na região metropolitana do Recife. Já o Tribunal Regional do Trabalho informou que não intermediará as negociações porque já julgou a greve abusiva e determinou o fim da paralisação.
Fonte :Diário de PE.
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