terça-feira, 5 de março de 2013

Que fale sobre mobilidade

AFP PHOTO/VANDERLEI ALMEIDA)
Esta é a segunda visita do francês ao estado

Na prática, o francês Jérôme Valcke ficará menos de quatro horas em Pernambuco, onde faz, hoje, a sua segunda visita neste longo processo de preparação para a Copa do Mundo, por mais que o foco agora seja a Copa das Confederações, a cerca de 100 dias. O secretário-geral da Fifa chegará ao Recife às 11h40, acompanhado de sua comitiva. Do Aeroporto Internacional dos Guararapes, um trajeto direto até a Arena Pernambuco, a 19 quilômetros de distância. Em seguida, conversará com a imprensa, almoçará com autoridades no Instituto Ricardo Brennand, partindo em seguida para Belo Horizonte, onde dá sequência a essa nova rodada de visitas. Apesar do pouco tempo, espera-se o mesmo tom crítico sobre o andamento das obras visto nos empreendimentos brasileiros para o Mundial. Curiosamente, essas poucas horas e as longas distâncias devem pontuar o seu discurso, sobre a mobilidade urbana.

De longe, Valcke tem o olhar mais crítico em relação à execução das obras no país, fugindo do discurso padrão, por mais que seja preciso contornar o tom áspero de vez em quando. Há oito meses, ele esteve no canteiro em São Lourenço da Mata pela primeira vez. À época, o francês contrariou as expectativas. Pouco antes, havia dito que o Brasil precisava de um “chute no traseiro” para engrenar. Em Pernambuco, contemporizou sobre o tema.

Agora, com o estado confirmado na Copa das Confederações e com ingressos já sendo vendidos para os jogos, a presença do executivo não deve trazer maiores dores de cabeça para a cúpula da Secopa. Quando Valcke veio à Arena Pernambuco, no dia 26 de junho do ano passado, sequer metade da construção estava concluída. Havia um avanço físico de apenas 43,6%. Sem o anel superior, sem coberta, sem cadeiras. Hoje, o índice passa de 90%. O secretário, contudo, disse que acreditava no cronograma de aceleração do empreendimento, elogiou a localização do estádio, gostou do aeroporto do Recife. Mostrou uma postura mais áspera somente para alertar justamente sobre a mobilidade urbana. “Não adianta fazer o estádio mais bonito do mundo, no meio do nada”, disse. À época, um alívio para quem esperava ser censurado por conta do ritmo das obras.

Expectativa
A segunda visita do secretário deve seguir esse mesmo script. A expectativa sobre o que o francês tem a dizer gira em torno do dia da inauguração oficial da Arena, marcada para 14 de abril deste ano. Isso porque os dois primeiros estádios do pré-mundial abriram as suas portas sob críticas. O Castelão, em Fortaleza, ainda acumulava pedregulhos e resquícios das obras. O Mineirão, em Belo Horizonte, não tinha nem água para os torcedores beberem. 

Assim como aconteceu na primeira visita de Valcke, duas ilustres presenças devem novamente causar furor entre os operários que trabalham na Arena e dividir o foco da imprensa: os campeões mundiais Ronaldo e Bebeto, membros do Conselho de Administração do Comitê Organizador Local (COL). Além deles, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo.


Fonte :Diario de Pernambuco.

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