domingo, 17 de março de 2013

Agenda de Eduardo focada em 2014

Poucas vezes o governador Eduardo Campos (PSB) teve tantas agendas fora do Estado como na última semana. Tendo que inserir seu nome como candidato à eleição presidencial em 2014, o socialista passou quatro dias seguidos fazendo articulações para viabilizar seu projeto nacional. Além de participar de uma discussão sobre o Pacto Federativo - uma das suas principais bandeiras -, o governador participou de eventos administrativos no Rio de Janeiro e ainda foi convidado para encontros sociais com empresários em São Paulo. 


Com a tese de que a eleição de 2014 só deve ser discutida no próximo ano, o governador e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, tem aproveitado o ano pré-eleitoral para viabilizar-se politicamente. O socialista, embora negue, já assumiu a postura de candidato e seus discursos comprovam o fato. Eduardo escolheu uma pauta com temas de interesse nacional, o que tem influenciado na sua inserção em todo o País. Com isso, o chefe do Executivo estadual tem atraído os olhares dos principais empresários brasileiros. Na última sexta-feira, inclusive, Campos foi convidados pelo presidente do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV), Flávio Rocha, para um almoço com representantes de 37 empresas associadas à entidade.

Durante o encontro, Eduardo falou sobre as experiências positivas que o Estado teve nos últimos anos sob o seu comando. O socialista está se tornando uma liderança de destaque entre esse grupo, que vai ter sua importância na campanha do próximo ano. Para viabilizar seu projeto, Eduardo precisa de apoio financeiro, já que uma campanha presidencial é milionária. E a pauta em São Paulo vai ser apenas o começo do que vem pela frente. 

Com cada vez mais destaque na mídia nacional, o socialista deverá intensificar esse encontro nos próximos meses. Ele, inclusive, conta com um articulador: o empresário Roberto Viana, que tem inserção no Sudeste. Eduardo ainda não é conhecido nesta região e este também será um desafio a ser vencido, se ele quiser chegar em 2014 fortalecido. Com o apoio do empresariado, que não anda satisfeito com as políticas econômicas da presidente Dilma Rousseff (PT), o pernambucano terá condições de viabilizar sua campanha financeiramente. Como consequência, vai atrair aliados. 

O apoio dos partidos é essencial para Eduardo, pois vai garantir tempo de televisão suficiente para passar sua mensagem ao povo brasileiro. Socialistas estimam que o candidato do PSB careça de pelo menos quatro minutos no guia eleitoral, tempo suficiente para fazer sua campanha. Tendo vários candidatos, possivelmente haverá chances de segundo turno, o que poderá ser positivo, caso o socialista chegue a esta fase. A estratégia é semelhante ao que ocorreu em 2006, quando o então candidato a governador começou a campanha em terceiro lugar, mas chegou ao segundo turno e foi vencedor do pleito com o apoio de outras legendas. 

Se Eduardo conseguir chegar ao segundo turno, a expectativa é atrair o apoio do PSDB de Aécio Neves, que por ter afinidades com o PSB e ser anti-PT, poderá apoiar o socialista. O grande desafio do governador é emplacar seu nome e chegar a essa fase da eleição, já que ele ainda é desconhecido na Região Sul e Sudeste do País. É por isso, que neste momento Eduardo mira suas estratégias no empresariado.


Fonte:Folha de PE.

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