Programas e ações de qualificação profissional financiados com recursos do
Fundo de Amparo do Trabalhador (FAT) deverão destinar, pelo menos, 10% de suas
vagas a pessoas com deficiência. É o que prevê projeto de lei da senadora Lídice
da Mata (PSB-BA) aprovado nesta quarta-feira (12) pela Comissão de Assuntos
Sociais (CAS), em decisão terminativa,.
Apesar de a legislação (Lei 8.213/1991) obrigar as empresas com mais de 100
empregados reservarem de 2% a 5% dos seus cargos às pessoas com deficiência,
observou Lídice da Mata, as vagas não são ocupadas por falta de qualificação
desses trabalhadores.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
existem cerca de 24 milhões de brasileiros com deficiência. A informação consta
do relatório elaborado pelo senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e lido pelo senador
Paulo Paim (PT-RS).
Segundo o senador pelo Rio Grande do Sul, essas pessoas têm dificuldade de
preencher as vagas porque as empresas alegam falta de qualificação profissional.
Paim foi o relator da matéria na Comissão de Direitos Humanos e Legislação
Participativa (CDH).
Para Paim, o projeto de lei do Senado (PLS
621/2011) vai permitir que os trabalhadores com deficiência se qualifiquem
e, assim, passem a ocupar as vagas a eles reservadas nas empresas. O senador
ainda ressaltou que a proposta observa recomendação da Organização Internacional
do Trabalho (OIT), cuja convenção foi ratificada pelo Brasil, sobre a
necessidade de adoção de ações conjuntas do Estado, sociedade civil e empresas
para efetivar a inclusão da pessoa com deficiência no mercado de trabalho.
Se não for apresentado recurso, a matéria segue para a Câmara dos
Deputados.
Fonte :Agência Senado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário