Com 550 homens trabalhando na obra, a terraplenagem deve terminar em dois meses. Paralelamente, o trabalho de moldagem da fundação já começou. O pico da construção deve ocorrer a partir de setembro, com utilização de 1,5 mil homens.
"A obra está em dia", avaliou o vice-presidente do Sindicato da Arquitetura e Engenharia (Sinaenco), Ilo Fonsêca Leite, depois de visitar a área com diretores da Odebrecht, empresa responsável pela construção e operação do estádio por meio de uma Parceria Público-Privada. O Sinaenco iniciou nesta quarta-feira, por Pernambuco, um ciclo de visitas a todos os 12 estádios que receberão jogos da Copa 2014 no País.
"Nossa função não é ser fiscal, não é fazer julgamento da obra, mas a de alertar a sociedade em relação a como as coisas estão acontecendo", observou Fonsêca Leite, ao destacar que o foco não são apenas os estádios, mas todo o seu entorno: infraestrutura, mobilidade de transporte, acesso, rede hoteleira, saneamento e segurança pública a serem oferecidas. "Poderemos ser vitrine ou vidraça."
"Trabalhamos para ser vitrine", assegurou o diretor da Odebrecht, Bruno Dourado, que está à frente da obra. Ainda sem a liberação do financiamento do BNDES e do BNB, a Odebrecht banca o início da obra com recursos próprios.
Para o diretor-presidente do Consórcio Arena Pernambuco, Marcos Lessa, o empreendimento pernambucano tem potencial para ser o maior legado do Mundial no Brasil. Seu otimismo se deve ao fato de o projeto prever, além da construção do estádio, o surgimento da Cidade da Copa - abrangendo uma área total de 250 hectares - que inclui hotéis, residências e centros comerciais, devendo induzir o crescimento do município e da área oeste da região metropolitana do Recife.
Para garantir a sustentabilidade da Arena, que será multiuso, o Consórcio contratou a empresa AEG, líder mundial no setor de entretenimento. Em julho, deverá ser apresentado um plano de uso para o estádio depois da Copa de 2014.
ANGELA LACERDA - O Estado de S.Paulo
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