O governo pernambucano pagará à vista as obras da Arena da Copa, assim que o estádio ficar pronto, com dinheiro financiado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
A primeira versão da engenharia financeira do projeto previa que o valor da construção, de R$ 452 milhões, seria desembolsado pelo Estado de maneira diluída pelo prazo de concessão da arena, ou seja, parcelado em 30 anos. Mas, com exceção do custo da obra, o Estado manterá os pagamentos mensais das parcelas relativas à operação e manutenção do estádio ao vencedor da licitação da arena.
Com a mudança, Pernambuco espera reduzir o valor final do contrato, pois as “prestações” da construção, somadas ao custo anual de operação e manutenção do estádio e ainda projeções de inflação, poderiam totalizar até R$ 516 milhões.
A alteração motivou um novo adiamento da licitação da arena da Copa, que agora não tem data certa. Sairá “assim que estiver pronto, seja em 15 dias ou 20 dias”, diz o secretário-executivo do Comitê Gestor de Parcerias Público-Privadas de Pernambuco (CGPE), Sílvio Bompastor.
O edital seria lançado dia 16 de setembro, mas a entidade máxima do futebol, a Fifa, exigiu estudos de sustentabilidade ambiental e segurança da arena. A data foi remarcada para ontem, mas agora não tem mais prazo certo.
“A nova modelagem não está concluída, mas vamos modificar só a parte financeira do edital. O objeto será o mesmo. Quem ganhar a licitação recebe um financiamento-ponte do BNDES para realizar a obra. Quando concluir, o Estado recebe financiamento do banco e paga de uma vez só (ao grupo privado). Ao mesmo tempo, com prazo de carência, começa a pagar o empréstimo de longo prazo ao BNDES”, explica Bompastor.
Segundo ele, as conversas que desembocaram na mudança da parte financeira do projeto ganharam corpo com um seminário realizado pelo BNDES há cerca de dez dias, no Rio de Janeiro, onde o banco apresentou detalhes da sua linha de financiamento, que terá R$ 400 milhões por estádio, num total de R$ 4 bilhões para todo o País.
Na última sexta-feira, conta Bompastor, o CGPE realizou a reunião em que decidiu finalmente optar pelo adiamento do lançamento da licitação da arena da Copa.
“Vai ficar mais barato. Como o Estado vai pagar de uma vez só, diminui vários riscos para o primeiro empréstimo, ao parceiro privado, pois a garantia será o segundo financiamento. E ainda caem as taxas de juros. Vamos fazer os cálculos, ajustar o edital e lançar a licitação”, comenta o secretário-executivo.
Fonte: Blog do Jamildo
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