A disputa presidencial foi a mais acirrada desde a redemocratização, onde o presidente Lula enfrentou e derrotou um adversário com forte apelo popular, o país ficou praticamente divido ao meio e isso traria um desafio significativo a quem quer que fosse o vitorioso.
O presidente montou um governo plural, atraindo diversas matizes ideológicas, a exemplo de quadros do MDB, do PSD e do União Brasil, que nem sempre marcharam com o Partido dos Trabalhadores e na eleição não apoiaram desde o início a eleição do presidente.
Apesar da vitória de Lula, a governabilidade passa pela construção de pontes com os divergentes para mitigar resistências de setores da sociedade a mais um governo do Partido dos Trabalhadores. E nada mais importante para a construção de pontes ter alguém com a experiência, o trânsito e o diálogo do ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que assumiu uma área estratégica para o governo e que ao longo dos últimos quatro anos ganhou forte protagonismo no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Múcio teve papel determinante para a permanência de Lula no cargo na época do mensalão, quando o então presidente estava fragilizado politicamente na relação com os demais poderes, coube ao pernambucano a incumbência de melhorar a relação do governo com o Congresso Nacional na liderança do governo na Câmara dos Deputados, e sua passagem foi tão exitosa que Lula e Múcio construíram uma relação fraternal, de mútuo respeito, culminando na sua ida para o ministério das Relações Institucionais e depois para o Tribunal de Contas da União.
Agora ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que teve brilhante passagem pelo TCU e havia se dedicado à iniciativa privada, agrega valor ao governo Lula e tem tudo para contribuir com o governo nesta fase transitória em que precisa arrefecer os ânimos e buscar diálogo com todos os setores da sociedade. A sua escolha foi de longe uma das mais acertadas do presidente, que tem na sua capacidade de diálogo um trunfo para ajudá-lo nos momentos mais difíceis que o governo vier a enfrentar, como aconteceu nos seus governos anteriores.
Interlocução com Brasília – Em meio aos desdobramentos dos atos antidemocráticos no DF, o prefeito de Paulista Yves Ribeiro reuniu-se na última terça-feira (10) com o ministro da Pesca, André de Paula. Em pauta, recursos travados na pasta, relacionados a projetos estratégicos do PAP (Programa Acelera Paulista), como o do Mercado do Pescado. Segundo Yves, o governo Bolsonaro fechou os cofres para o município.
Educação – Após relatar os problemas estruturais da Casa do Estudante de Pernambuco e expor as demandas da entidade em reunião com a secretária estadual de Educação, Ivaneide Dantas, o vereador Alcides Cardoso (PSDB) acompanhou a visita da secretária às instalações da instituição, na qual a gestora firmou o compromisso de analisar todos os pleitos e buscar soluções. O parlamentar acompanha a situação desde o ano passado, quando conheceu a sede da entidade junto com a vice-governadora Priscila Krause (Cidadania).
Aproximação – Mirando-se no exemplo do presidente Lula, o prefeito João Campos tem buscado ampliar a presença de aliados em sua gestão. Ontem anunciou a advogada Joana Florêncio como secretária de Desenvolvimento Econômico, cuja indicação é do União Brasil, do deputado federal Luciano Bivar. Partidos como MDB, PSD e Republicanos deverão ter vez nas próximas mudanças realizadas pelo socialista.
Lula Cabral – O deputado estadual eleito Lula Cabral (Solidariedade) cumpriu agenda em Brasília. O parlamentar esteve reunido com a deputada federal Marília Arraes e foi recebido pelo ministro da Pesca e Aquicultura, André de Paula.
Inocente quer saber – Quando João Campos anunciará nova leva de secretários?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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