terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Alexandre de Moraes determina prisão de Anderson Torres

 

O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres
O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson TorresAntonio Cruz/Agência Brasil

Nesta terça-feira (10), a Polícia Federal (PF) cumpre mandado de prisão contra Anderson Torres, ex-secretário de Segurança do Distrito Federal (DF). A determinação foi feita pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Também é realizada busca e apreensão na casa do ex-ministro.

Ele foi exonerado do cargo de secretário durante o Ataque aos Três Poderes, em Brasília, no domingo (8). Os atos criminosos também provocaram o afastamento de Ibaneis Rocha, governador do DF, por 90 dias, após determinação de Moraes.

Também no domingo, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao STF a prisão do ex-secretário, conforme revelou o analista de Política da CNN Caio Junqueira.

Na segunda-feira (9), pelo Twitter, o ex-secretário publicou um pronunciamento dizendo que foi “surpreendido pelas lamentáveis cenas” em Brasília durante seu “segundo dia de férias”.

“Lamento profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos. Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos”, escreve o comunicado.

Após as acusações, o Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União, pediu o bloqueio de bens do ex-presidente Bolsonaro, de Ibaneis Rocha e de Anderson Torres, segundo a âncora da CNN Daniela Lima.

“Sabotagem”

Após os ataques ao Congresso, STF e Palácio do Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decretou intervenção federal na segurança pública do Distrito Federal.

Em entrevista à CNN nesta terça, o interventor Ricardo Cappelli acusou o ex-secretário de sabotar a segurança da capital federal nos atos criminosos. Ele teria alterado todo o comando da secretaria e viajado para fora do Brasil.

“Houve uma operação estruturada de sabotagem comandada pelo ex-ministro bolsonarista Anderson Torres. Ele montou a sabotagem e fugiu do Brasil”, disse Cappelli.

O decreto de intervenção foi aprovado pelo Senado e pela Câmara em sessões simbólicas. O objetivo dos parlamentares era dar uma resposta rápida aos atos criminosos e mostrar união dos Poderes.

*em atualização

*publicado por Tiago Tortella, da CNN

Fonte: Blog da CNN. 

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