Com cinco pré-candidaturas colocadas que teriam em tese chances de vitória, a disputa pelo governo de Pernambuco corre um sério risco de ser protagonizada pelo deputado federal Danilo Cabral, nome da Frente Popular, e pelo ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, Anderson Ferreira, apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro. A máquina do PSB confere um provável piso de 30 a 35% dos votos válidos a Danilo, virtual nome a estar no segundo turno, enquanto o eleitorado bolsonarista confere a Anderson Ferreira uma perspectiva de pelo menos 20 a 25% dos votos válidos.
Neste cenário, levando em conta o melhor desempenho de Anderson e Danilo, sobrariam 40% dos votos válidos para serem divididos entre Marília Arraes, Miguel Coelho e Raquel Lyra, o que dificilmente levaria um deles ao segundo turno, ou se acontecesse, os outros dois sairiam eleitoralmente nanicos do processo através do voto útil. Ciente deste desafio, o deputado federal Ricardo Teobaldo, aliado de Miguel Coelho, mas que apoiou Marília Arraes no segundo turno do Recife e nutre uma excelente relação com Raquel Lyra, defendeu publicamente o que já se falava nas coxias, que seria um entendimento já no primeiro turno entre as três postulações.
Esse entendimento, que teria que ter Miguel Coelho na vice e as duas mulheres disputando o governo e o Senado, uma vez que Miguel não teria idade mínima para disputar o Senado que é de 35 anos, poderia ser o grande fato novo da eleição, com chances reais de ida ao segundo turno e até mesmo de vitória para o Senado, uma vez que na Frente Popular ainda existe muita confusão para a escolha do senador e qualquer que seja o desfecho poderá deixar sequelas com consequências para a eleição.
Esse entendimento não passaria apenas pela chapa majoritária, como também na composição de um eventual governo e até mesmo a sucessão de João Campos em 2024, onde com uma vitória oposicionista este ano cresceriam as chances de diminuir o favoritismo do socialista na busca pelo segundo mandato. Mais do que isso, teria a segurança de que Anderson Ferreira, uma vez de fora da segunda etapa, pudesse declarar apoio ao nome da oposição que chegasse ao segundo turno. A grande dúvida é sobre quem abriria mão do projeto, uma vez que existem muitos caciques pra poucos índios na oposição.
Ritmo – Na condição de prefeito interino do Recife, o presidente da Câmara Romerinho Jatobá, seguiu à risca a cartilha de trabalho do titular João Campos. Chegava para as pautas antes das 7h da manhã e estendia o “dia de serviço” até após às 22h. “Fiquei tranquilo com o desempenho dele”, afirmou João nas redes sociais.
Tiago Pontes – Pré-candidato a deputado estadual pelo Republicanos, Tiago Pontes tem conquistado apoios importantes para chegar à Casa Joaquim Nabuco. Com passagem pela secretaria nacional de mobilidade, Tiago atendeu as demandas dos municípios sem fazer distinção, o que lhe credenciou para tentar uma vaga na Alepe este ano.
Inocente quer saber – Em eventual composição, quem seria candidata a governadora e a senadora, entre Marília Arraes e Raquel Lyra?
Fonte: Blog do Edmar Lyra.
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