sábado, 12 de junho de 2021

Especial Dia dos Namorados – Felizes para (nem) sempre

 

Hoje é o Dia dos Namorados e a Coluna Fala PE não poderia deixar de tratar do tema. Mas, com uma pitada de ironia, é claro. Afinal, na política como na vida, têm namoros que evoluem para casamentos sólidos e felizes. Já outros, mais conturbados, terminam de uma forma nem um pouco amigável, com a velha e boa “gaia”, tão tradicional aqui pelas bandas do nosso estado.

Histórias temos um monte, dava para fazer uma saga. Mas, como nosso espaço é limitado, vamos tratar apenas das mais famosas (e recentes). Começando pelo eterno “namoro ioiô” entre o PSB e o PT, que, desde os tempos de Miguel Arraes e da fundação do Partido dos Trabalhadores, ora estão juntos, fazendo juras de amor eternas, ora estão separados, xingando até a última geração do ex-companheiro.

Atualmente, de olho em 2022, os dois partidos ensaiam a volta do eterno namoro. Têm um objetivo em comum: casar e ter filhos. Leia-se: o PSB garantir a manutenção do Governo de Pernambuco com Geraldo Júlio. E o PT, eleger Lula presidente pela terceira vez. Os “amigos” estão aí, marcando encontros com os dois pombinhos, tentando quebrar o gelo, relembrando um passado de muito amor.

O problema é que ainda existe um ranço muito forte da briga que os separou em 2020, naquela disputa fratricida entre João Campos e Marília Arraes pela Prefeitura do Recife. Os mais antigos dizem que primos, quando se juntam, dá errado. Vai ver foi por isso que deu ruim o namoro entre petistas e socialistas ano passado. Foi tanta baixaria pública que é melhor nem relembrar.

O PSB, por sinal, é craque em começar e acabar namoro no estado. Foi assim com o antigo PMDB de Jarbas Vasconcelos, que, depois de ser renegado pelo PSB de Miguel Arraes, foi para briga e acabou ficando com a “casa”, mais exatamente o Governo de Pernambuco, em 1998. Antes de reatarem em 2012, o PMDB viu seu “antigo namorado”, o todo poderoso PSB de Eduardo Campos, retomar essa “casa” em 2006, naquela que foi talvez a maior virada da história política de Pernambuco.

Falando em Jarbas e de seu PMDB, depois de se apartear do PSB de Arraes, eles iniciaram um impensável (até então) namoro com o antigo PFL (hoje DEM). Namoro que virou casamento sob as bençãos do padrinho José Mendonça (in memorian). Um casamento feliz e duradouro, por sinal, que só chegou ao fim mesmo em 2018, quando os ex-companheiros de chapa Jarbas e Mendonça Filho brigaram voto a voto por uma vaga no Senado Federal. Apesar dos anos de união feliz, o desquite foi com direito à lavagem de roupa suja.

Para terminar essa crônica de casos amorosos na política recente de Pernambuco, publicada na véspera do dia de Santo Antônio, o Santo Casamenteiro, não poderíamos deixar de falar do grupo político mais “namorador” do estado. Esse “namorador”, que fique bem claro, é apenas uma figura de linguagem. Não vá achar aqui que estamos falando da vida pessoal do povo.

Trata-se não de um partido, mas de um grupo político específico: os Bezerra Coelho de Petrolina. Não a família Coelho, que, bem dizer, só teve um lado na política. Mas da ramificação do clã que é comandado pelo senador Fernando Bezerra Coelho. FBC, como é conhecido, já foi de secretário da Casa Civil de Roberto Magalhães a aliado de primeira hora de Arraes.

Também já esteve contra Eduardo e com Eduardo. Foi ministro de Dilma Rousseff; o filho, de Michel Temer. Agora, o namoro com o Governo Bolsonaro, de quem é líder no Senado, subiu no telhado. Não duvidem se no ano que vem os Bezerras Coelho aparecerem de mãos dadas com o PSB, relembrando os tempos de amor.

Antes que você, leitor(a), se canse e desista do assunto, vamos ficando por aqui, desejando a você muito amor neste 12 de junho; seja você namorado, noivo, casado, ficante, amante ou mesmo solteiro.

O que importa é ser feliz, esteja você na política ou não!

Fonte : FalaPE.

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