terça-feira, 4 de maio de 2021

'Todas as nossas recomendações se mostraram certas', diz Mandetta

 

Mandetta começou a falar com quase uma hora de atraso na CPI da Covid

Mandetta começou a falar com quase uma hora de atraso na CPI da Covid

JEFFERSON RUDY/AGÊNCIA SENADO - 04.05.2021

A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid ouve nesta terça-feira (4) o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, demitido em abril de 2020 por se contrapor ao presidente Jair Bolsonaro na forma de lidar com a pandemia do novo coronavírus

Acompanhe a sessão da CPI da Covid ao vivo

Mandetta iniciou sua fala, com quase uma hora de atraso, explicando como chegaram ao ministério as primeiras informações, em janeiro de 2020, sobre uma doença que tinha início na China e que aos poucos ia se alastrando pelo mundo. Ele contou que chamou todos os poderes para explicar a importância do combate à pandemia de forma unida. "Porque esse vírus não ataca indivíduos, ele ataca a sociedade."

O ex-ministro explicou ainda as primeiras ações da pasta para conter a propagação do vírus no Brasil e teve de ser interrompido, após 20 minutos, pelo presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), que preferiu abrir espaço para as perguntas.

Renan Calheiros, relator da CPI, perguntou a Mandetta se, durante sua gestão, a recomendação para procurar os sistemas de saúde apenas quando sentissem sintomas graves de covid foi um erro. 

PublicidadeBotão para controlar o volume da publicidade

Mandetta afirmou que não é verdade essa recomendação, e que afirmação é usada numa "guerra de narrativas". Segundo ele, as pessoas procuravam os hospitais preocupadas com outras doenças. "Eram casos de outros vírus. Em casos de virose, a recomendação é que você observe o estado de saúde e não vá imediatamente ao hospital porque aglomera. E lá, sim, um caso positivo vai infectar todo mundo na sala de espera."

"Todas as nossas recomendações foram assertivas, levando em conta a ciência. Todas foram comprovadas pelo decorrer da doença."

De acordo com Mandetta, o decorrer da pandemia mostrou que algumas ações do ministério foram paralisadas. Ele não citou sobre quais medidas se referia. 

Ele citou que sua gestão estimulou o uso de máscaras e o distanciamento, assim como pediu para as pessoas ficarem em casa. Mandetta citou ainda o esforço para obter respiradores e leitos de UTI para evitarem o colapso do sistema de Saúde.

Renan cobrou o ex-ministro perguntando por qual motivo não foi iniciada uma política de testagem em massa da população. Ele disse que a chegada dos produtos ocorreu apenas na gestão de seu sucessor, Nelson Teich. 

Mandetta elogiou o SUS (Sistema Único de Saúde) e disse que ele é o melhor local para se imunizar a população. "Mas é preciso ter a vacina."

Tropa de choque

Como em todas as sessões da CPI da Covid até agora, a desta terça foi aberta com os aliados do governo do presidente Jair Bolsonaro tentando paralisar os trabalhos. Fizeram isso os três integrantes da tropa de choque: Eduardo Girão (Podemos-CE), Marcos Rogério (DEM-RO) e Ciro Nogueira (PP-PI).

Dessa vez, os temas das questões de ordem foram quetionamentos ao plano de trabalho definido na semana passada. 

Fonte: Do R7.

Nenhum comentário:

Postar um comentário